sexta-feira, 26 de agosto de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Componentes e equipamentos
Existem alguns princípios básicos da aquariofilia que precisam ser seguidos
para garantir a saúde de seus peixes e a beleza dos seus aquários.
Aqui vamos abordar os principais e suas aplicações relacionadas
aos Bettas splendens.
Substrato
Para
Bettas, são absolutamente dispensáveis. Só
complicam o manejo, mas se você faz questão de decorar
seu aquário saiba que o substrato, além de ser
decorativo, também servirá para dar suporte as raízes
das plantas aquáticas e para fixação de microorganismos
necessários a filtragem biológica, caso façam
parte do seu projeto. Prefira cascalhos arredondados e de cor escura
(nem pense em usar pedras coloridas artificialmente).
Outra opção é o areão de rio com granulometria média entre 3 e 5 mm.
O substrato não deve alterar o pH da água, acidificando-a ou alcalinizando-a. A neutralidade se faz necessária.
Decoração
Novamente
afirmo que são dispensáveis em aquários de
Bettas. Mas se você gosta destes elementos, use
pedras arredondadas, que não alterem a qualidade da água
(pH principalmente). Uma boa opção são os seixos
rolados de rios (ou ainda granito ou basalto). As pedras grandes
ajudam a manter a temperatura do aquário mais estabilizada.
Troncos de madeiras não devem ser usados em aquários de Bettas por que acidificam a água, embora sejam muito apreciados como elemento decorativo.
Os enfeites oferecidos em lojas, desde que não possuam arestas onde os peixes possam se ferir e não alterem a qualidade da água, também são opções decorativas.
Plantas
Naturais
ou artificiais oferecem possibilidades interessantes para decoração.
Quanto as artificiais a regra básica é a mesma: não
deve alterar a qualidade da água e ser macia, não
possuir arestas que possam machucar o peixe.
As naturais precisam ser bem escolhidas para que sobrevivam em água de pH tendendo para o neutro e com a quantidade e tipo de luz que você dimensionou para o seu projeto. Plante, no máximo, 1/3 da área do solo.
As plantas naturais, além de decorativas, contribuem para a efetivação do perfeito equilíbrio biológico do aquário e impedem que a água entre em processo de decomposição.
Para aquários sem substratos, saiba que existem plantas que não precisam ser plantadas no solo, podem ficar soltas na água. Cumprem seu importante papel de ajudar na biologia da água e são muito decorativas (Exemplo: Ceratophyllum demersum ou Vesicularia dubyana).
Aquecedor
É absolutamente imprescindível se você mora numa região onde as temperaturas podem ficar inferiores aos 25 °C e muito recomendável que possa trabalhar consorciado com um termostato, que automatiza sua ação, dando mais equilíbrio à temperatura da água. Para comprar, siga a tabela de dimensionamento de potência de aquecedor, que disponibilizamos mais abaixo.
Vou
além, invista um pouco mais e compre um excelente termostato
com aquecedor integrado, que trabalhe submerso.
O uso só do aquecedor, sem o controle automático de um termostato, é uma opção mais econômica, porém muito arriscada. O aquecedor ligado ininterruptamente poderá, literalmente, cozinhar os peixes.
Este aquecedor deve ficar no fundo do aquário, totalmente submerso e se houver substrato, pode ficar enterrado nele.
Para dimensionar a potência do aquecedor adequado para o seu projeto, siga esta tabela:
Instruções:
Subtraia a temperatura média da estufa/local em que o aquário está localizado da temperatura que você deseja manter a água do aquário.
Encontre o tamanho de seu aquário na coluna da esquerda e mova para coluna que mostra o número de graus que o aquário precisa para ser aquecido.
Se a exigência de aquecimento está entre níveis, mova-a para o mais próximo valor superior.
Em tanques maiores, ou onde a temperatura da estufa/local do aquário está significativamente abaixo da temperatura de água desejada, podem ser requeridos dois aquecedores.
Aquecedores devem ser instalados em cantos opostos do aquário para aquece-lo mais uniformemente.
Termômetro
É
necessário para acompanhamento e controle da temperatura
do aquário. Podem ser flutuantes, adesivos ou digitais (mais
sofisticados e caros). Existem equipamentos específicos para
aquarismo, que trabalham na escala adequada.
Os Bettas vivem em águas que variam entre 24 e 30 °C e mesmo em aquários equipados com sistema automático de controle de temperatura (termostatos), é muito importante a leitura periódica do termômetro a fim de certificar-se quanto ao funcionamento correto dos equipamentos. Caso ocorra uma pane no termostato e ele não mais desligar o aquecedor, a temperatura subirá excessivamente podendo matar os peixes. Já no caso de queima do aquecedor, a temperatura poderá baixar muito, trazendo problemas para os peixes, como algumas possíveis doenças.
Deve-se desligar todos os equipamentos elétricos sempre que se for realizar qualquer manutenção no aquário. No caso dos equipamentos elétricos de controle de temperatura reforça-se esta recomendação com a orientação de não retirar o aquecedor da água, mesmo desligado, sem antes aguardar cerca de 5 minutos, para que ele resfrie naturalmente em contato com a água do aquário. Nunca ligar estes equipamentos sem que estejam instalados no aquário e em contato com a água, pois podem queimar ou mesmo quebrar o tubo de vidro.
Iluminação
A iluminação artificial vai realçar a cor do(s) peixe(s), valorizar o efeito decorativo do aquário, contribuir na fotossíntese das plantas naturais, se houverem, e ajudar o(s) peixe(s) a aproveitar(em) melhor os alimentos oferecidos, visto que se alimentam quando há claridade.
O aquário deve ficar afastado de janelas para não
pegar iluminação direta e o calor excessivo do sol.
Luz em excesso pode provocar o aparecimento de algas verdes e a
falta dela, algas marrons.
Se você optou por decorar o aquário com plantas naturais, vai precisar providenciar iluminação artificial suficiente para manter a saúde da planta.
Geralmente são usadas lâmpadas fluorescentes (lâmpadas frias). Existem lâmpadas especiais para aquários, que certamente são as mais adequadas.
Apesar de dificilmente queimarem, as lâmpadas fluorescentes perdem a eficiência com o passar do tempo e devem ser substituídas anualmente.
Se o seu aquário for muito pequeno ao ponto de não comportar uma lâmpada fluorescente ou lâmpada econômica, use as tradicionais lâmpadas de bulbo, incandescente de menor potência (15 Watts) e a mantenha suficientemente longe da lâmina d'água para não super aquecer a água.
Tanto o excesso, como a deficiência na iluminação são prejudiciais às plantas e aos comportamento dos peixes. O excesso de iluminação pode estressar os peixes e promover o crescimento exagerado de algas, exigindo a realização de limpezas mais freqüentes do aquário. A deficiência, além de deixar de realçar a beleza dos peixes, prejudica o desenvolvimento das plantas. A iluminação deve permanecer acesa durante 8 a 12 horas diárias, variando conforme a claridade natural do ambiente. É muito importante salientar que este período de luz acesa deve ser durante o dia ou até algumas horas do início da noite. A luminária não deve permanecer acesa durante toda a noite porque os peixes necessitam de um período de escuridão para dormir.
Leia atentamente este artigo do Alex Kawasaki, publicado no fórum "Era de Aquários". Nele você terá as informações básicas para o adequado dimensionamento da iluminação do seu aquário, valorizando seu projeto e o equilíbrio da fauna e flora.
Filtros e Oxigenadores
No manejo de Bettas, se você optou por uma betteira limpa e adota o esquema de regulares TPAs (Trocas Parciais de Água), filtros e oxigenadores são absolutamente dispensáveis.
Agora, se você seguiu o caminho de aquários/betteiras decoradas, com plantas naturais ou artificiais e elementos decorativos (variados), pode ser necessário investir um pouco mais na compra de filtros e oxigenadores.
O aquário, por ser um ambiente fechado e restrito, não proporciona condições de auto renovação da água, como ocorre na natureza. É imprescindível que o aquário esteja equipado com um bom sistema de oxigenação e filtragem para obter uma boa qualidade de água.
Não podemos contar com as plantas naturais para o fornecimento de oxigênio aos peixes. Mesmo produzindo oxigênio, através da fotossíntese, durante o período de claridade, estas mesmas plantas consomem este gás durante a noite.
Todos os tipos de filtros instalados em aquários promovem também a oxigenação da água e eliminação de gás carbônico, através da formação de borbulhas ou pela simples movimentação da água.
Basicamente três tipos de filtragem podem ser realizadas no aquário: a filtragem mecânica, a fina e a biológica. A filtragem mecânica capta as partículas em suspensão na água, através de elementos filtrantes como a lã de nylon, enquanto a fina retira impurezas que estejam diluídas na água, quando esta passa por outro elemento filtrante, como o carvão ativado. Já a filtragem biológica consiste na degradação da matéria orgânica acumulada, através de bactérias benéficas que se instalam nos elementos filtrantes ou no substrato de fundo. A ação destas bactérias evita o acúmulo de compostos nitrogenados prejudiciais aos peixes.
A escolha do tipo de filtro vai variar com o tamanho e tipo de aquário e também com a quantidade e tamanho de peixes que se irá colocar (mais do que um, só recomendamos se for um aquário de Bettas fêmeas). O ideal é que se consiga conciliar os três tipos de filtragem em um ou mais tipos de filtro.
O filtro de placas de fundo, conhecido como filtro biológico, é um dos mais utilizados. Torna-se mais eficiente quando associado a um bom compressor de ar ou bomba submersa. Este filtro associa a filtragem mecânica à biológica, utilizando o substrato de fundo como elemento filtrante e como fixador de bactérias.
Alguns filtros externos conseguem realizar os três tipos
de filtragem simultaneamente, com ótimos resultados em termos
de qualidade da água. Podem ser usados associados ao filtro
biológico ou mesmo como único filtro do aquário.
Os equipamentos de oxigenação e filtragem devem estar
constantemente em funcionamento, exceto durante operações
de manutenção e limpeza. A eventual falta de energia
elétrica não é motivo para pânico. Desde
que não haja uma super população no aquário
(no caso de aquário comunitário de Bettas fêmeas),
este pode permanecer algumas horas sem oxigenação
da água. Convém observar o comportamento dos peixes
neste período. Caso eles comecem a "boquejar" na
superfície à procura de oxigênio, uma troca
parcial de água deve ser realizada.
Como o filtro de placas ou biológico utiliza o próprio substrato de fundo, como elemento filtrante, sua manutenção consiste na sifonagem de fundo, realizada com sifão simples de tubo e mangueira. O objetivo é retirar o excesso de matéria orgânica acumulada entre o substrato.
Deve-se ter o cuidado de não introduzir o sifão muito próximo das plantas para não danificar suas raízes. A freqüência desta sifonagem e conseqüente troca parcial de água depende das condições particulares de cada aquário, mas podemos citar o intervalo de duas semanas como recomendação geral. Cerca de 20% da água do aquário deve ser trocada a cada sifonagem, adotando-se com a água a ser adicionada os mesmos cuidados de tratamento prévio recomendados na montagem, respeitando-se os valores de temperatura e pH da água restante no aquário.
Para os outros tipos de filtros é necessário a limpeza e/ou troca dos elementos filtrantes na freqüência recomendada pelos fabricantes ou conforme as condições de cada aquário. Estes elementos podem ser lã de nylon ou outra fibra para filtragem mecânica, carvão ativado para filtragem química e também componentes com alta porosidade e/ou grande superfície de contato, responsáveis pela colonização das bactérias encarregadas da filtragem biológica. Um cuidado importante consiste em lavar estes componentes fixadores de bactérias com a água retirada do próprio aquário, durante a sifonagem. A utilização de água com grande diferença de temperatura ou com cloro, pode ocasionar a morte desta população bacteriana.
Marcio Luiz de Araujo
mlaraujo60@bettabrasil.com.br
Aquarista hobbysta, apaixonado pela espécie Betta splendens, desenvolve e mantém o website Betta Brasil, é owner do Grupo de Discussões Betta Brasil.
Última atualização: 02/07/2011
Fontes:
Fonte Princilpal : Betta Brasil
Sumário:
|
Substrato |
Decoração | |
Plantas | |
Aquecedor | |
Termômetro | |
Iluminação | |
Filtros e Oxigenadores |
Substrato
Outra opção é o areão de rio com granulometria média entre 3 e 5 mm.
O substrato não deve alterar o pH da água, acidificando-a ou alcalinizando-a. A neutralidade se faz necessária.
Decoração
Troncos de madeiras não devem ser usados em aquários de Bettas por que acidificam a água, embora sejam muito apreciados como elemento decorativo.
Os enfeites oferecidos em lojas, desde que não possuam arestas onde os peixes possam se ferir e não alterem a qualidade da água, também são opções decorativas.
Plantas
As naturais precisam ser bem escolhidas para que sobrevivam em água de pH tendendo para o neutro e com a quantidade e tipo de luz que você dimensionou para o seu projeto. Plante, no máximo, 1/3 da área do solo.
As plantas naturais, além de decorativas, contribuem para a efetivação do perfeito equilíbrio biológico do aquário e impedem que a água entre em processo de decomposição.
Para aquários sem substratos, saiba que existem plantas que não precisam ser plantadas no solo, podem ficar soltas na água. Cumprem seu importante papel de ajudar na biologia da água e são muito decorativas (Exemplo: Ceratophyllum demersum ou Vesicularia dubyana).
Aquecedor
É absolutamente imprescindível se você mora numa região onde as temperaturas podem ficar inferiores aos 25 °C e muito recomendável que possa trabalhar consorciado com um termostato, que automatiza sua ação, dando mais equilíbrio à temperatura da água. Para comprar, siga a tabela de dimensionamento de potência de aquecedor, que disponibilizamos mais abaixo.
O uso só do aquecedor, sem o controle automático de um termostato, é uma opção mais econômica, porém muito arriscada. O aquecedor ligado ininterruptamente poderá, literalmente, cozinhar os peixes.
Este aquecedor deve ficar no fundo do aquário, totalmente submerso e se houver substrato, pode ficar enterrado nele.
Para dimensionar a potência do aquecedor adequado para o seu projeto, siga esta tabela:
Aquecedor - Dimensionamento
de Potência
|
|||
Galões/Litros
|
5 ºC / 9 ºF
|
10 ºC / 18 ºF
|
15 ºC / 27 ºF
|
05 gal/025 L
|
025 watts
|
050 watts
|
075
watts
|
10 gal/050 L
|
050 watts
|
075 watts
|
075
watts
|
20 gal/075 L
|
050 watts
|
075 watts
|
150
watts
|
25 gal/100 L
|
075 watts
|
100 watts
|
200
watts
|
40 gal/150 L
|
100 watts
|
150 watts
|
300
watts
|
50 gal/200 L
|
150 watts
|
200 watts
|
200
watts
|
65 gal/250 L
|
200 watts
|
250 watts
|
2 x 250 watts
|
75 gal/300 L
|
250 watts
|
300 watts
|
2 x 300 watts
|
Subtraia a temperatura média da estufa/local em que o aquário está localizado da temperatura que você deseja manter a água do aquário.
Encontre o tamanho de seu aquário na coluna da esquerda e mova para coluna que mostra o número de graus que o aquário precisa para ser aquecido.
Se a exigência de aquecimento está entre níveis, mova-a para o mais próximo valor superior.
Em tanques maiores, ou onde a temperatura da estufa/local do aquário está significativamente abaixo da temperatura de água desejada, podem ser requeridos dois aquecedores.
Aquecedores devem ser instalados em cantos opostos do aquário para aquece-lo mais uniformemente.
Exemplo: | ||
Temperatura média da estufa
|
= | 68 °F |
Temperatura desejada da água
|
= | 77 °F |
--------------------------------------------------------------- | ||
Aquecimento exigido
|
= | 09 °F |
Logo p/ este ambiente: | ||
Tanque
|
= | 20 galões |
Aquecedor requerido
|
= | 50 watts |
Termômetro
Os Bettas vivem em águas que variam entre 24 e 30 °C e mesmo em aquários equipados com sistema automático de controle de temperatura (termostatos), é muito importante a leitura periódica do termômetro a fim de certificar-se quanto ao funcionamento correto dos equipamentos. Caso ocorra uma pane no termostato e ele não mais desligar o aquecedor, a temperatura subirá excessivamente podendo matar os peixes. Já no caso de queima do aquecedor, a temperatura poderá baixar muito, trazendo problemas para os peixes, como algumas possíveis doenças.
Deve-se desligar todos os equipamentos elétricos sempre que se for realizar qualquer manutenção no aquário. No caso dos equipamentos elétricos de controle de temperatura reforça-se esta recomendação com a orientação de não retirar o aquecedor da água, mesmo desligado, sem antes aguardar cerca de 5 minutos, para que ele resfrie naturalmente em contato com a água do aquário. Nunca ligar estes equipamentos sem que estejam instalados no aquário e em contato com a água, pois podem queimar ou mesmo quebrar o tubo de vidro.
Iluminação
A iluminação artificial vai realçar a cor do(s) peixe(s), valorizar o efeito decorativo do aquário, contribuir na fotossíntese das plantas naturais, se houverem, e ajudar o(s) peixe(s) a aproveitar(em) melhor os alimentos oferecidos, visto que se alimentam quando há claridade.
Se você optou por decorar o aquário com plantas naturais, vai precisar providenciar iluminação artificial suficiente para manter a saúde da planta.
Geralmente são usadas lâmpadas fluorescentes (lâmpadas frias). Existem lâmpadas especiais para aquários, que certamente são as mais adequadas.
Apesar de dificilmente queimarem, as lâmpadas fluorescentes perdem a eficiência com o passar do tempo e devem ser substituídas anualmente.
Se o seu aquário for muito pequeno ao ponto de não comportar uma lâmpada fluorescente ou lâmpada econômica, use as tradicionais lâmpadas de bulbo, incandescente de menor potência (15 Watts) e a mantenha suficientemente longe da lâmina d'água para não super aquecer a água.
Tanto o excesso, como a deficiência na iluminação são prejudiciais às plantas e aos comportamento dos peixes. O excesso de iluminação pode estressar os peixes e promover o crescimento exagerado de algas, exigindo a realização de limpezas mais freqüentes do aquário. A deficiência, além de deixar de realçar a beleza dos peixes, prejudica o desenvolvimento das plantas. A iluminação deve permanecer acesa durante 8 a 12 horas diárias, variando conforme a claridade natural do ambiente. É muito importante salientar que este período de luz acesa deve ser durante o dia ou até algumas horas do início da noite. A luminária não deve permanecer acesa durante toda a noite porque os peixes necessitam de um período de escuridão para dormir.
Leia atentamente este artigo do Alex Kawasaki, publicado no fórum "Era de Aquários". Nele você terá as informações básicas para o adequado dimensionamento da iluminação do seu aquário, valorizando seu projeto e o equilíbrio da fauna e flora.
Filtros e Oxigenadores
No manejo de Bettas, se você optou por uma betteira limpa e adota o esquema de regulares TPAs (Trocas Parciais de Água), filtros e oxigenadores são absolutamente dispensáveis.
Agora, se você seguiu o caminho de aquários/betteiras decoradas, com plantas naturais ou artificiais e elementos decorativos (variados), pode ser necessário investir um pouco mais na compra de filtros e oxigenadores.
O aquário, por ser um ambiente fechado e restrito, não proporciona condições de auto renovação da água, como ocorre na natureza. É imprescindível que o aquário esteja equipado com um bom sistema de oxigenação e filtragem para obter uma boa qualidade de água.
Não podemos contar com as plantas naturais para o fornecimento de oxigênio aos peixes. Mesmo produzindo oxigênio, através da fotossíntese, durante o período de claridade, estas mesmas plantas consomem este gás durante a noite.
Todos os tipos de filtros instalados em aquários promovem também a oxigenação da água e eliminação de gás carbônico, através da formação de borbulhas ou pela simples movimentação da água.
Basicamente três tipos de filtragem podem ser realizadas no aquário: a filtragem mecânica, a fina e a biológica. A filtragem mecânica capta as partículas em suspensão na água, através de elementos filtrantes como a lã de nylon, enquanto a fina retira impurezas que estejam diluídas na água, quando esta passa por outro elemento filtrante, como o carvão ativado. Já a filtragem biológica consiste na degradação da matéria orgânica acumulada, através de bactérias benéficas que se instalam nos elementos filtrantes ou no substrato de fundo. A ação destas bactérias evita o acúmulo de compostos nitrogenados prejudiciais aos peixes.
A escolha do tipo de filtro vai variar com o tamanho e tipo de aquário e também com a quantidade e tamanho de peixes que se irá colocar (mais do que um, só recomendamos se for um aquário de Bettas fêmeas). O ideal é que se consiga conciliar os três tipos de filtragem em um ou mais tipos de filtro.
O filtro de placas de fundo, conhecido como filtro biológico, é um dos mais utilizados. Torna-se mais eficiente quando associado a um bom compressor de ar ou bomba submersa. Este filtro associa a filtragem mecânica à biológica, utilizando o substrato de fundo como elemento filtrante e como fixador de bactérias.
Como o filtro de placas ou biológico utiliza o próprio substrato de fundo, como elemento filtrante, sua manutenção consiste na sifonagem de fundo, realizada com sifão simples de tubo e mangueira. O objetivo é retirar o excesso de matéria orgânica acumulada entre o substrato.
Deve-se ter o cuidado de não introduzir o sifão muito próximo das plantas para não danificar suas raízes. A freqüência desta sifonagem e conseqüente troca parcial de água depende das condições particulares de cada aquário, mas podemos citar o intervalo de duas semanas como recomendação geral. Cerca de 20% da água do aquário deve ser trocada a cada sifonagem, adotando-se com a água a ser adicionada os mesmos cuidados de tratamento prévio recomendados na montagem, respeitando-se os valores de temperatura e pH da água restante no aquário.
Para os outros tipos de filtros é necessário a limpeza e/ou troca dos elementos filtrantes na freqüência recomendada pelos fabricantes ou conforme as condições de cada aquário. Estes elementos podem ser lã de nylon ou outra fibra para filtragem mecânica, carvão ativado para filtragem química e também componentes com alta porosidade e/ou grande superfície de contato, responsáveis pela colonização das bactérias encarregadas da filtragem biológica. Um cuidado importante consiste em lavar estes componentes fixadores de bactérias com a água retirada do próprio aquário, durante a sifonagem. A utilização de água com grande diferença de temperatura ou com cloro, pode ocasionar a morte desta população bacteriana.
Marcio Luiz de Araujo
mlaraujo60@bettabrasil.com.br
Aquarista hobbysta, apaixonado pela espécie Betta splendens, desenvolve e mantém o website Betta Brasil, é owner do Grupo de Discussões Betta Brasil.
Última atualização: 02/07/2011
|
- A montagem e a decoração do aquário (Manual) - Sera®
- DAMAZIO, Alex. Criando o Betta. Editora Interciência.
- FreshWater Aquariums
- Seu novo aquário - Alcon®
- SILVA, Marcus Marques da, Aquarismo Básico - Técnicas para Iniciantes. Centro Cultural Aquarista Jr.
- SILVA, Marcus Marques da, Betta splendens - Guia Prático. Centro Cultural Aquarista Jr.
Fonte Princilpal : Betta Brasil
Como escolher um peixe saudável
A hora de irmos às lojas de aquarismo comprar os peixes é, sem
sombra de dúvidas, a mais excitante. Depois de meses planejando
o aquário, comprando os equipamentos, montando-o perfeitamente
e esperando ciclar é a vez de adquirirmos os protagonistas que
tanto almejamos.
Porém algumas vezes, seja por descuido ou distração, seja por negligência ou falta de conhecimento, acabamos por comprar peixes que estão contaminados com alguma enfermidade, logo o caos acontece: aquele peixinho que estava doente contamina todos os outros que estavam saudáveis e as mortes começam, algumas vezes dizimando toda a população do aquário. Isso acaba desmotivando e até afastando os mais entusiastas desse incrível hobby.
Mas é mais fácil do que se costuma imaginar evitar esses tipos terríveis de problemas, tomando medidas preventivas simples e fáceis. Qualquer um é capaz de tomá-las e caso se tornassem regras obrigatórias, o número de desastres no aquarismo seria reduzido no mínimo em 50%. Essas medidas aplicam-se tanto para aquários que já possuem peixes quanto para os ainda não populados.
A primeira trata-se de um conjunto de pequenas observações a serem feitas visualmente e a segunda da obtenção de um aquário quarentena. Essas duas medidas juntas formam uma barreira 98% segura, confiável e fácil.
Para facilitar ainda mais o entendimento, as medidas foram organizadas em vários pontos separados e bem claros:
Porém algumas vezes, seja por descuido ou distração, seja por negligência ou falta de conhecimento, acabamos por comprar peixes que estão contaminados com alguma enfermidade, logo o caos acontece: aquele peixinho que estava doente contamina todos os outros que estavam saudáveis e as mortes começam, algumas vezes dizimando toda a população do aquário. Isso acaba desmotivando e até afastando os mais entusiastas desse incrível hobby.
Mas é mais fácil do que se costuma imaginar evitar esses tipos terríveis de problemas, tomando medidas preventivas simples e fáceis. Qualquer um é capaz de tomá-las e caso se tornassem regras obrigatórias, o número de desastres no aquarismo seria reduzido no mínimo em 50%. Essas medidas aplicam-se tanto para aquários que já possuem peixes quanto para os ainda não populados.
A primeira trata-se de um conjunto de pequenas observações a serem feitas visualmente e a segunda da obtenção de um aquário quarentena. Essas duas medidas juntas formam uma barreira 98% segura, confiável e fácil.
Para facilitar ainda mais o entendimento, as medidas foram organizadas em vários pontos separados e bem claros:
-
Observe sempre muito bem os peixes nas baterias de aquários de exposição, fique atento e não deixe os detalhes para trás, ele fazem diferença no final;
-
Se você já sabe a espécie de peixe que deseja comprar, vá até o aquário e observe todos os peixes nele contidos, mesmo que não sejam a espécie pretendida, procure por peixes ativos, coloridos, com as nadadeiras abertas, escamas brilhantes, pele lisa, respiração e comportamento normal;
- Não compre os peixes se eles estiverem com pontos brancos espalhados
pelo corpo, manchas brancas, tufos brancos como algodão, feridas/machucados/tufos
na boca ou no corpo, nadadeiras roídas, faltando escamas, pequenos
vasos sanguíneos dilatados tanto pelo corpo como pelas nadadeiras,
com ânus inchado;
-
Não compre o peixe se ele estiver se comportando de forma diferente do habitual, se estiver isolado do grupo e escondido, se estiver com a barriga para dentro (em forma de arco), se estiver com a respiração ofegante (o peixe está sempre na superfície), o peixe estar de barriga para cima ou com ela muito inchada, acima do normal;
- Não compre o peixe logo que o lojista o trazer da distribuidora,
espere uns 2 a 3 dias, pois o estresse da viagem pode disfarçar
assim como pode criar algum sintoma que não existe;
-
Uma dica útil é antes de comprar os peixes pedir para o lojista alimentá-los, você consegue descobrir duas coisas importantes de uma só vez: se o peixe não se alimentar pode estar certo de que tem algum problema e se o peixe realmente está comendo a ração (é comum os lojistas indicarem um alimento diferente do habitual, logo quando chega em casa os peixes simplesmente não comem) pois algumas espécies só comem alimentos vivos, por exemplo;
-
Confira a presença de sistema de filtragem, seja individual por aquário ou um grande filtro para a bateria inteira. A exposição mesmo que temporária a amônia, nitrito e nitrato pode enfraquecer os peixes, deixando-os suscetíveis a doenças. Termostato com uma temperatura regulada e fixa também é muito importante;
-
Observe se os aquários são separados por vidros ou por apenas telas furadas, que permitem que a mesma água circule diretamente por todos os aquários. Isso é muito arriscado porque se um adoecer pode transmitir sua moléstia para todos os outros peixes, por estarem em contato com a mesma água;
-
Mesmo que o lojista recomendar, não aplique fungicidas, bactericidas ou parasiticidas na água dos seus peixes, nem como medida preventiva. Isso é muitíssimo perigoso pois pode intoxicar seus animais e também até matá-los;
-
Mantenha sempre que possível um aquário extra que sirva de quarentena, ele não precisa ser muito grande e deve conter sistema de filtragem com perlon e mídias biológicas. Não coloque carvão ativado ou purigem, pois podem absorver possíveis medicamentos. Sempre que comprar um peixe novo, deixe-o neste aquário por um período de 40 até 60 dias, pois existem muitas doenças que só se manifestam após muito tempo do peixe contaminado. E faça isso mesmo que seguido os passos anteriores.
Tenha sempre um aquário de quarentena: ainda é possível transformar
esse aquário em hospital, caso algum peixe ainda assim fique doente;
em maternidade, caso algum peixe venha a se reproduzir e em depósito
de água emergencial caso precise fazer uma TPA urgente ou caso
o aquário quebre, por exemplo.
Assimile essas dicas e passe a usá-las no seu dia-a-dia. Isso garantirá um aquário equilibrado e estável, com peixes saudáveis que viverão por muitos e muitos anos, dando a seus criadores inúmeras alegrias.
Um último recado: lembrem-se sempre, é muito melhor prevenir agora do que ter que remediar depois.
Assimile essas dicas e passe a usá-las no seu dia-a-dia. Isso garantirá um aquário equilibrado e estável, com peixes saudáveis que viverão por muitos e muitos anos, dando a seus criadores inúmeras alegrias.
Um último recado: lembrem-se sempre, é muito melhor prevenir agora do que ter que remediar depois.
Mateus Camboim
Publicação: 19/05/2011
(Artigo publicado originalmente no website Aquaflux, em 12/05/2011 - Reprodução autorizada pelos mantenedores do website).
A importância das trocas parciais de água (TPA)
O sucesso na manutenção de aquários depende de uma série de fatores,
mas todos eles acabam apontando para a qualidade da água. Um aquário
com mais peixes do que deveria ou com sistema de filtragem insuficiente,
em pouco tempo levará sua água a um estado de poluição que poderá
comprometer a saúde geral das espécies nele contidas.
Por mais eficiente que seja a filtragem de um aquário, lembre-se que se trata de um sistema fechado. É recomendável realizar trocas parciais de água (de agora em diante chamadas simplesmente de TPA) frequentes para garantir a eliminação de dejetos não processados e repor certos elementos consumidos pelo sistema.
O percentual de água a ser trocada e a frequência com que isto ocorrerá dependerá de uma série de fatores como quantidade de peixes e plantas, quantidade de filtros e mídias filtrantes e a variação de certos parâmetros de sua água, como pH, KH, amônia, nitritos, nitratos, fosfatos, etc. A aferição periódica destes parâmetros é um forte indício da necessidade da TPA.
Quanta água deve ser trocada?
Não existe resposta definitiva para esta pergunta, pois a carga de dejetos pode variar muito de aquário para aquário. Alguns aquaristas experientes recomendam trocas mensais de 40% ou quinzenais de 30%. Há os que preferem trocar 20% semanalmente e há até alguns criadores que chegam a trocar 50% diariamente, mas conforme disse antes, cada aquário tem sua história e o dia a dia, aliado ao resultado dos testes é que lhe darão a resposta para o seu caso.
Um outro indício da necessidade das TPAs é a perda de vazão dos filtros. Inspecione periodicamente seus filtros, pois a perda de vazão, provocada por entupimento da filtragem mecânica, diminui a quantidade de água tratada.
É verdade que aquários plantados necessitam menos de TPAs?
Se por um lado plantas são excelentes filtros para a remoção de diversos poluentes da água, aquários plantados também possuem uma carga de nutrientes grande e isto pode, eventualmente, favorecer a proliferação de algas. As TPAs são um aliado contra elas.
Como proceder a TPA?
Dependendo do volume de água a ser trocado, pode ser interessante desligar os filtros para evitar que funcionem sem água e também os termostatos que não devem funcionar parcialmente fora d’água.
Normalmente começamos com uma sifonagem do substrato para remover pequenas partículas sólidas que se depositaram nele. Em aquários plantados a camada inerte evita que boa parte dessas partículas penetrem nas camadas inferiores, de modo que uma aspiração superficial costuma ser suficiente. Não se esqueça de lavar bem as mãos antes de começar o processo, pois podemos levar muitas sujeiras indesejadas para nossos aquários.
Em aquários com substratos comuns (sem isolamento) a sujeira particulada penetra no substrato e deve ser sugada. Costuma-se usar um sifão contendo uma espécie de copo na extremidade que permite penetrar no cascalho para uma remoção eficiente da sujeira.

Sifão em ação
A água removida durante a sifonagem poderá ser coletada em baldes
ou outros recipientes e descartada após sua remoção do aquário.
Por ser uma água rica em nutrientes, ela pode ser usada para regar
plantas, pois certamente é mais nutritiva para elas do que a água
da torneira. Aproveite a ocasião para remover o limo que geralmente
se forma nos vidros. Existem limpadores magnéticos idealizados
exclusivamente para tal propósito, mas uma esponja macia, uma
gilete ou até mesmo um cartão velho de banco também poderá ser
utilizado.
Como devo limpar meus filtros?
A limpeza dos filtros deve ser feita sempre que se fizer necessária. Conforme descrito anteriormente, sempre que houver entupimento da midia responsável pela filtragem mecânica, esta deverá ser limpa ou substituída. O tempo para isto acontecer varia de aquário para aquário, podendo levar de 7 a 30 dias, dependendo da carga de dejetos produzida. Caso seja usuário de carvão ativo para a filtragem química, lembre-se de sempre anotar quando foi que o substituiu pela última vez. Cada fabricante recomenda sua substituição em tempos diferentes, mas como não é uma mídia muito cara, costumo recomendar sua troca a cada 20 ou no máximo 30 dias.
Com relação às mídias de fixação para a filtragem biológica estas podem ser gentilmente lavadas, quando necessário, em água do próprio aquário apenas para remover depósitos de material particulado. Normalmente, uma limpeza superficial nessas mídias a cada trimestre costuma ser suficiente. É importante que o processo de limpeza dos filtros não dure muitas horas e também que as mídias de sustentação da biologia não fiquem secas. Elas devem aguardar submersas em água do próprio aquário enquanto durar a lavagem interna do filtro.
Cascalho sifonado, vidros sem limo e filtros lavados. Como repor a água?
Embora essa pareça ser a tarefa mais fácil de todas as demais, ela requer alguns cuidados importantes. Muitos aquaristas já perderam peixes após uma reposição de água mal feita.
Primeiramente, a água de reposição deverá estar isenta de cloro. Este pode ser removido de diversas formas, desde aguardar 24 a 48 horas para que seja expulso da água, fazer uso de um anti-cloro ou mesmo um condicionador de água.
Se esta água vier de um poço não será necessário usar o anti-cloro. Todavia, água de poço costuma vir com grande quantidade de CO2 e, se adicionada diretamente ao aquário poderá apresentar variações de pH em um ou dois dias pois o CO2 acidifica a água mas tende a ser expulso com o passar do tempo.
A temperatura desta água deverá ser a mesma da água do aquário. Certifique-se de medir ambas as temperaturas antes da reposição. Caso haja discrepância nos valores, faça os devidos ajustes, aquecendo ou resfriando a água que será reposta.
O pH desta nova água também deve ser igual ou muito próximo do pH da água do aquário. O ajuste poderá ser feito de diversas maneiras. A forma mais rápida (mas nem sempre a mais correta) é simplesmente usar algumas gotas de um acidificante ou um alcalinizante comprado em lojas de aquarismo.
Lembre-se, entretanto que dependendo da reserva alcalina ou do teor de CO2 desta água o efeito desta correção poderá ser provisório. Em alguns casos é interessante usar uma solução tampão para garantir a estabilidade do pH. Existem tampões para "segurar" o pH em diversos valores dependendo das substâncias envolvidas. Essencialmente, uma solução tampão é obtida quando se misturam um ácido fraco e um sal desse ácido (reserva ácida) ou uma base fraca e um sal dessa base (reserva alcalina).
Veja um exemplo de tampão ácido (reserva ácida), mistura de ácido acético (um ácido fraco) e acetato de sódio (um sal do ácido acético):
CH3-COOH <---> CH3-COO- + H+ Ionização do ácido acético.
CH3-COONa <---> CH3-COO- + Na+ Dissolução do acetato de sódio.
Repare que em ambas as reações existem um íon em comum: o ânion acetato (CH3-COO-). Devido a um efeito conhecido como [efeito de íon comum], os acetatos gerados na dissolução do acetato de sódio fazem tal concentração aumentar e, por conta disto, o equilíbrio da primeira equação se desloca para a esquerda (Princípio de Le Chatelier), impedindo que o ácido acético se ionize.
Entretanto, se adicionarmos uma base qualquer nessa água, existirá ácido acético suficiente para neutralizar tal base impedindo o pH de subir. É o ânion acetato, proveniente do acetato de sódio que garante a existência do ácido acético como garantia para manter o pH estável. No exemplo acima, temos um tampão ácido.
Analogamente, podemos ter um tampão envolvendo uma base fraca e seu sal que garantiria a manutenção de um pH alcalino. As lojas de aquarismo também vendem soluções tampão prontas para uso, para diversas faixas de pH.
Uma alternativa mais barata pode ser fazer sua própria solução tampão.
Pode, mas faça isso lentamente. Não despeje os baldes de água de uma vez em seu aquário! Isso pode não só estressar seus peixes como também provocar um choque osmótico, já que a quantidade de sais dissolvidos na água de aquário e na água do balde não são as mesmas, nem em qualidade, nem em quantidade.
Aqui em casa, costumo colocar uma bomba submersa dentro de um balde conectada a uma mangueira e esta leva a água para o aquário. O processo leva alguns minutos para esvaziar o balde:

Bomba submersa dentro do balde, conectada a uma
mangueira, leva água para o aquáquio
Uma vez cheio, o processo de manutenção do aquário poderá ser
dado como encerrado, mas não se esqueça de aferir os parâmetros
físico-químicos da água periodicamente, para ter certeza de uma
água sempre apropriada para seus peixes.
Marcos Mataratzis
Químico, Professor de Química e Aquarista (especialista na manutenção de Botias). Administrador do fórum Vitória Reef e Consultor do CEA - Centro de Estudos de Aquariofilia, para assuntos relacionados à química da água do aquário.
Publicação: 23/06/2011 (Artigo publicado originalmente no website CEA - Centro de Estudos de Aquariofilia, em 05/2011)
Por mais eficiente que seja a filtragem de um aquário, lembre-se que se trata de um sistema fechado. É recomendável realizar trocas parciais de água (de agora em diante chamadas simplesmente de TPA) frequentes para garantir a eliminação de dejetos não processados e repor certos elementos consumidos pelo sistema.
O percentual de água a ser trocada e a frequência com que isto ocorrerá dependerá de uma série de fatores como quantidade de peixes e plantas, quantidade de filtros e mídias filtrantes e a variação de certos parâmetros de sua água, como pH, KH, amônia, nitritos, nitratos, fosfatos, etc. A aferição periódica destes parâmetros é um forte indício da necessidade da TPA.
Quanta água deve ser trocada?
Não existe resposta definitiva para esta pergunta, pois a carga de dejetos pode variar muito de aquário para aquário. Alguns aquaristas experientes recomendam trocas mensais de 40% ou quinzenais de 30%. Há os que preferem trocar 20% semanalmente e há até alguns criadores que chegam a trocar 50% diariamente, mas conforme disse antes, cada aquário tem sua história e o dia a dia, aliado ao resultado dos testes é que lhe darão a resposta para o seu caso.
Um outro indício da necessidade das TPAs é a perda de vazão dos filtros. Inspecione periodicamente seus filtros, pois a perda de vazão, provocada por entupimento da filtragem mecânica, diminui a quantidade de água tratada.
É verdade que aquários plantados necessitam menos de TPAs?
Se por um lado plantas são excelentes filtros para a remoção de diversos poluentes da água, aquários plantados também possuem uma carga de nutrientes grande e isto pode, eventualmente, favorecer a proliferação de algas. As TPAs são um aliado contra elas.
Como proceder a TPA?
Dependendo do volume de água a ser trocado, pode ser interessante desligar os filtros para evitar que funcionem sem água e também os termostatos que não devem funcionar parcialmente fora d’água.
Normalmente começamos com uma sifonagem do substrato para remover pequenas partículas sólidas que se depositaram nele. Em aquários plantados a camada inerte evita que boa parte dessas partículas penetrem nas camadas inferiores, de modo que uma aspiração superficial costuma ser suficiente. Não se esqueça de lavar bem as mãos antes de começar o processo, pois podemos levar muitas sujeiras indesejadas para nossos aquários.
Em aquários com substratos comuns (sem isolamento) a sujeira particulada penetra no substrato e deve ser sugada. Costuma-se usar um sifão contendo uma espécie de copo na extremidade que permite penetrar no cascalho para uma remoção eficiente da sujeira.
Sifão em ação
Como devo limpar meus filtros?
A limpeza dos filtros deve ser feita sempre que se fizer necessária. Conforme descrito anteriormente, sempre que houver entupimento da midia responsável pela filtragem mecânica, esta deverá ser limpa ou substituída. O tempo para isto acontecer varia de aquário para aquário, podendo levar de 7 a 30 dias, dependendo da carga de dejetos produzida. Caso seja usuário de carvão ativo para a filtragem química, lembre-se de sempre anotar quando foi que o substituiu pela última vez. Cada fabricante recomenda sua substituição em tempos diferentes, mas como não é uma mídia muito cara, costumo recomendar sua troca a cada 20 ou no máximo 30 dias.
Com relação às mídias de fixação para a filtragem biológica estas podem ser gentilmente lavadas, quando necessário, em água do próprio aquário apenas para remover depósitos de material particulado. Normalmente, uma limpeza superficial nessas mídias a cada trimestre costuma ser suficiente. É importante que o processo de limpeza dos filtros não dure muitas horas e também que as mídias de sustentação da biologia não fiquem secas. Elas devem aguardar submersas em água do próprio aquário enquanto durar a lavagem interna do filtro.
Cascalho sifonado, vidros sem limo e filtros lavados. Como repor a água?
Embora essa pareça ser a tarefa mais fácil de todas as demais, ela requer alguns cuidados importantes. Muitos aquaristas já perderam peixes após uma reposição de água mal feita.
Primeiramente, a água de reposição deverá estar isenta de cloro. Este pode ser removido de diversas formas, desde aguardar 24 a 48 horas para que seja expulso da água, fazer uso de um anti-cloro ou mesmo um condicionador de água.
Se esta água vier de um poço não será necessário usar o anti-cloro. Todavia, água de poço costuma vir com grande quantidade de CO2 e, se adicionada diretamente ao aquário poderá apresentar variações de pH em um ou dois dias pois o CO2 acidifica a água mas tende a ser expulso com o passar do tempo.
A temperatura desta água deverá ser a mesma da água do aquário. Certifique-se de medir ambas as temperaturas antes da reposição. Caso haja discrepância nos valores, faça os devidos ajustes, aquecendo ou resfriando a água que será reposta.
O pH desta nova água também deve ser igual ou muito próximo do pH da água do aquário. O ajuste poderá ser feito de diversas maneiras. A forma mais rápida (mas nem sempre a mais correta) é simplesmente usar algumas gotas de um acidificante ou um alcalinizante comprado em lojas de aquarismo.
Lembre-se, entretanto que dependendo da reserva alcalina ou do teor de CO2 desta água o efeito desta correção poderá ser provisório. Em alguns casos é interessante usar uma solução tampão para garantir a estabilidade do pH. Existem tampões para "segurar" o pH em diversos valores dependendo das substâncias envolvidas. Essencialmente, uma solução tampão é obtida quando se misturam um ácido fraco e um sal desse ácido (reserva ácida) ou uma base fraca e um sal dessa base (reserva alcalina).
Veja um exemplo de tampão ácido (reserva ácida), mistura de ácido acético (um ácido fraco) e acetato de sódio (um sal do ácido acético):
CH3-COOH <---> CH3-COO- + H+ Ionização do ácido acético.
CH3-COONa <---> CH3-COO- + Na+ Dissolução do acetato de sódio.
Repare que em ambas as reações existem um íon em comum: o ânion acetato (CH3-COO-). Devido a um efeito conhecido como [efeito de íon comum], os acetatos gerados na dissolução do acetato de sódio fazem tal concentração aumentar e, por conta disto, o equilíbrio da primeira equação se desloca para a esquerda (Princípio de Le Chatelier), impedindo que o ácido acético se ionize.
Entretanto, se adicionarmos uma base qualquer nessa água, existirá ácido acético suficiente para neutralizar tal base impedindo o pH de subir. É o ânion acetato, proveniente do acetato de sódio que garante a existência do ácido acético como garantia para manter o pH estável. No exemplo acima, temos um tampão ácido.
Analogamente, podemos ter um tampão envolvendo uma base fraca e seu sal que garantiria a manutenção de um pH alcalino. As lojas de aquarismo também vendem soluções tampão prontas para uso, para diversas faixas de pH.
Uma alternativa mais barata pode ser fazer sua própria solução tampão.
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Receita de tampão alcalino:
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Dissolva a maior quantidade possível de bicarbonato de sódio (comprado em farmácias) em água e guarde esta solução saturada para ser usada em cada TPA. Uma ou duas colheres de sopa desta solução poderá ser usada na água de TPA para garantir um pH estável, de 7,0 para cima. Quanto mais bicarbonato for colocado, mais alcalina a água ficará. O dia a dia lhe dirá a quantidade ideal a ser usada.
-
Dentro de seu filtro, coloque um pouco de Aragonita, Calcita ou Dolomita dentro de um pequeno sachê. Essas pedras, à base de CaCO3, formarão o tampão com o bicarbonato de sódio, garantindo a estabilidade do pH.
-
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Receita de tampão ácido:
-
Compre na farmácia ou em loja de produtos químicos o fosfato monoácido e o fosfato diácido de sódio e misture-os nas quantidades desejadas para atingir o pH da tabela abaixo:
Na2HP4NaH2O4pH10%90%5,920%80%6,230%70%6,540%60%6,650%50%6,860%40%7,070%30%7,280%20%7,490%10%7,6
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Feita a mistura das substâncias, coloque 1g da mistura para cada 50 litros de água em seu aquário para manter o pH estável naquele valor da tabela.
Exemplo: digamos que deseje manter o pH de seu aquário estável em 6,6. Nesse caso então misture 40% em peso de fosfato monoácido com 60% de fosfato diácido de sódio - algo como 40g do primeiro com 60g do segundo. Guarde os 100g obtidos para usar nas TPAs.
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Pode, mas faça isso lentamente. Não despeje os baldes de água de uma vez em seu aquário! Isso pode não só estressar seus peixes como também provocar um choque osmótico, já que a quantidade de sais dissolvidos na água de aquário e na água do balde não são as mesmas, nem em qualidade, nem em quantidade.
Aqui em casa, costumo colocar uma bomba submersa dentro de um balde conectada a uma mangueira e esta leva a água para o aquário. O processo leva alguns minutos para esvaziar o balde:
Bomba submersa dentro do balde, conectada a uma
mangueira, leva água para o aquáquio
Marcos Mataratzis
Químico, Professor de Química e Aquarista (especialista na manutenção de Botias). Administrador do fórum Vitória Reef e Consultor do CEA - Centro de Estudos de Aquariofilia, para assuntos relacionados à química da água do aquário.
Publicação: 23/06/2011 (Artigo publicado originalmente no website CEA - Centro de Estudos de Aquariofilia, em 05/2011)
Reprodução em Cativeiro
Em geral os Bettas splendens já estão prontos para o acasalamento por volta dos 5 meses de vida.
Se reproduzem facilmente e geram proles numerosas (mais de 300 alevinos em cada ninhada - nem todos sobrevivem, mas um número expressivo vinga).
O cortejo e o acasalamento oferecem um espetáculo belíssimo e arrebatador de se assistir.
Comumente o macho é colocado num aquário pequeno (+/- 20 litros) com coluna d'água de aproximadamente 10 cm (vide condições ideais da água em "Manejo Básico"), 10 dias antes da lua cheia, para começar a se sentir dono do território.
Depois de 2 dias, aproximadamente, a fêmea é introduzida no aquário, mas dentro de um vidro transparente, sem fundo, onde é vista, mas não tocada pelo macho.
O macho imediatamente começa o seu ritual de exibição
para a fêmea e construir um ninho com bolhas de ar, na superfície
d'água.
Este processo pode durar até 8 dias, em casos extremos. A fêmea se mostra preparada para o acasalamento, quando seu oviduto estiver dilatado, com uma ponta branca, apresentando no corpo listas verticais (nas fêmeas de cor escura isto é visível). Ela dá sinais de submissão ao macho.
Neste momento o macho já está com o ninho totalmente pronto (enorme colchão de bolhas) e é hora de libertar a fêmea (com cuidado para não agitar a água e desmanchar o ninho de bolhas), que deverá ter, a esta altura, um comportamento submisso, se deixando levar para baixo do ninho.
Os ovos, dezenas de cada vez, são expelidos e vão
caindo lentamente no fundo do aquário. Geralmente a fêmea
fica meio atordoada por alguns instantes e enquanto se recupera,
o macho vai coletando em sua boca, ovo por ovo e depois os deposita
no colchão de bolhas. Estas rotinas de abraços, posturas,
fecundações, coletas, acomodação dos
ovos se repetem por várias vêzes.
Concluída a postura, a fêmea é retirada do aquário por que o macho assume a guarda do ninho, se preciso com bastante violência, não permitindo a aproximação da fêmea. No habitat natural ela naturalmente guardaria distância segura do macho, mas confinada no aquário, poderá ser morta.
Pelos próximos 2 (dois) dias, o macho protege e arruma o ninho o tempo todo. Após o nascimento dos alevinos, por mais 2 (dois) dias ele pega os filhotes que caem do ninho e os recoloca no colchão, até que já possam se virar sozinhos. Neste momento quem é retirado do aquário de procriação é o macho, senão os alevinos é que correm perigo de ser devorados pelo pai.
O belíssimo espetáculo de acasalamento foi registrado num vídeo de 1 min e 28 seg, por Jeremy Bolanos (Março/2006), assista. Você vai querer procriar seus Bettas em sua casa também, com certeza.
Em geral os Bettas splendens já estão prontos para o acasalamento por volta dos 5 meses de vida.
Se reproduzem facilmente e geram proles numerosas (mais de 300 alevinos em cada ninhada - nem todos sobrevivem, mas um número expressivo vinga).
O cortejo e o acasalamento oferecem um espetáculo belíssimo e arrebatador de se assistir.
Comumente o macho é colocado num aquário pequeno (+/- 20 litros) com coluna d'água de aproximadamente 10 cm (vide condições ideais da água em "Manejo Básico"), 10 dias antes da lua cheia, para começar a se sentir dono do território.
Depois de 2 dias, aproximadamente, a fêmea é introduzida no aquário, mas dentro de um vidro transparente, sem fundo, onde é vista, mas não tocada pelo macho.
Este processo pode durar até 8 dias, em casos extremos. A fêmea se mostra preparada para o acasalamento, quando seu oviduto estiver dilatado, com uma ponta branca, apresentando no corpo listas verticais (nas fêmeas de cor escura isto é visível). Ela dá sinais de submissão ao macho.
Neste momento o macho já está com o ninho totalmente pronto (enorme colchão de bolhas) e é hora de libertar a fêmea (com cuidado para não agitar a água e desmanchar o ninho de bolhas), que deverá ter, a esta altura, um comportamento submisso, se deixando levar para baixo do ninho.
Os dois ficam algum tempo nas preliminares mas logo acontecerá o primeiro de vários abraços delicados e suaves que o macho dará na fêmea, espremendo-a para liberação dos ovos, fertilizando-os neste instante.É conveniente providenciar abrigo para a fêmea se proteger, caso o macho se mostre muito violento ou ela ainda não esteja totalmente pronta para o acasalamento. Podem ser: pedras sem arestas, seixos de rio, plantas aquáticas naturais (musgo de java, samanbaia d'água, etc) ou até cotovelos de PVC, como na foto acima.
Concluída a postura, a fêmea é retirada do aquário por que o macho assume a guarda do ninho, se preciso com bastante violência, não permitindo a aproximação da fêmea. No habitat natural ela naturalmente guardaria distância segura do macho, mas confinada no aquário, poderá ser morta.
Pelos próximos 2 (dois) dias, o macho protege e arruma o ninho o tempo todo. Após o nascimento dos alevinos, por mais 2 (dois) dias ele pega os filhotes que caem do ninho e os recoloca no colchão, até que já possam se virar sozinhos. Neste momento quem é retirado do aquário de procriação é o macho, senão os alevinos é que correm perigo de ser devorados pelo pai.
O belíssimo espetáculo de acasalamento foi registrado num vídeo de 1 min e 28 seg, por Jeremy Bolanos (Março/2006), assista. Você vai querer procriar seus Bettas em sua casa também, com certeza.
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Tutoriais Bettas
Anatomia Externa
Anatomia Externa
O formato dos Bettas splendens é estabelecido pelo esqueleto ósseo. A coluna vertebral vai da cabeça (onde está localizado o cérebro do animal) à cauda e é feita por pequenas vértebras.
Ligadas às vértebras estão as costelas, que protegem a maioria dos órgãos vitais.
Placas ósseas, chamadas opérculos, uma de cada lado, recobrem as guelras.
Os machos tem as cores mais intensas, as nadadeiras mais longas
e são muito territorialistas. Na fase adulta, possuem um porte maior
do que as fêmeas, em geral. O macho é quem fabrica
o ninho de bolhas.
Um bom espécime deve ser corpulento, forte, sem ser gordo. Os mais agressivos, ao se ver no espelho ou a outro exemplar macho, normalmente são os melhores reprodutores e pais.
As fêmeas apresentam um ponto branco na região anal,
o "oviduto", por onde são expelidos os ovos durante o casamento.
Nadadeiras
É um dos critérios de grande relevância na definição da linhagem e escolha de matrizes para reprodução de um espécime. As nadadeiras se projetam do corpo, em locais determinados, e são sustentadas pelas barbatanas (raios cartilaginosos). Quanto mais ramificados forem estes raios cartilagionosos, maior sustentação e amplitude fornecem às nadadeiras.
Podem ser:
Caudais
As nadadeiras dorsais dos Bettas splendens também variam de formatos, podendo assumir as seguintes variações:
Formato do Corpo
O formato do corpo também tem relevância, podendo assumir as seguintes variações:
Fontes:
O formato dos Bettas splendens é estabelecido pelo esqueleto ósseo. A coluna vertebral vai da cabeça (onde está localizado o cérebro do animal) à cauda e é feita por pequenas vértebras.
Ligadas às vértebras estão as costelas, que protegem a maioria dos órgãos vitais.
Placas ósseas, chamadas opérculos, uma de cada lado, recobrem as guelras.
Um bom espécime deve ser corpulento, forte, sem ser gordo. Os mais agressivos, ao se ver no espelho ou a outro exemplar macho, normalmente são os melhores reprodutores e pais.
Nadadeiras
É um dos critérios de grande relevância na definição da linhagem e escolha de matrizes para reprodução de um espécime. As nadadeiras se projetam do corpo, em locais determinados, e são sustentadas pelas barbatanas (raios cartilaginosos). Quanto mais ramificados forem estes raios cartilagionosos, maior sustentação e amplitude fornecem às nadadeiras.
Podem ser:
Caudais
Single Tail (Cauda Simples) [ ST ]
Plakat [ PK ]
Cauda curta, encontrada em espécimes selvagens. Muito semelhante à cauda de uma Betta fêmea atual.
Delta [ D ]
Mutação. A cauda tem a formade um delta, a partir do pedúnculo caudal. A amplitude é medida em graus, podendo variar entre 50 e 70 graus.
Super Delta [ SD ]
Mutação. É mais larga que a cauda em delta. Varia entre 70 e 120 graus.
Ultra Delta [ UD ]
Mutação. Mais ampla ainda, variando entre 120 e 170 graus. Não é reconhecida oficialmente (concursos).
Over Half Moon [ oHM ]
Mutação. Tem formato que excede o desenho de uma meia-lua. Cauda com mais de 180 graus.
Crown Tail [ CT ]
Mutação. Os raios da cauda se projetam além do final da cauda, formando um padrão semelhante ao de uma coroa.
Variações:
- Single Ray (Raio Único) [ SR ]
- Double Ray (Raio Duplo) [ DR ]
- Double Double Ray (Raio Dobro Dobro)
[ DDR ] - Triple Ray (Raio Triplo) [
TR ]
- Long Tail (Cauda Longa) [ LT ]
- Veil Tail (Cauda de Véu) [ VT ]
Mutação. Cauda longa, a mais comum de se ver em lojas de aquários.
- Delta [ D ]
Mutação. A cauda tem a formade um delta, a partir do pedúnculo caudal. A amplitude é medida em graus, podendo variar entre 50 e 70 graus.
- Super Delta [ SD ]
Mutação. É mais larga que a cauda em delta. Varia entre 70 e 120 graus.
- Ultra Delta [ UD ]
Mutação. Mais ampla ainda, variando entre 120 e 170 graus. Não é reconhecida oficialmente (concursos).
- Half Moon [ HM ]
Mutação. Tem o formato de meia lua. Cauda com 180 graus e os seus raios tem o mesmo comprimento.
- Over Half Moon [ oHM ]
Mutação. Tem formato que excede o desenho de uma meia-lua. Cauda com mais de 180 graus.
- Crown Tail [ CT ]
Mutação. Os raios da cauda se projetam além do final da cauda, formando um padrão semelhante ao de uma coroa.
Variações:
- Single Ray (Raio Único) [ SR ]
- Double Ray (Raio Duplo) [ DR ]
- Double Double Ray (Raio Dobro Dobro)
[ DDR ] - Triple Ray (Raio Triplo) [ TR ]
- Veil Tail (Cauda de Véu) [ VT ]
- Double Tail (Cauda Dupla) [ DT ]
Mutação. A cauda é naturalmente cortada ao meio, formando dois lobos caudais. O corte deve iniciar imediatamente após o corpo. A nadadeira dorsal de um Double Tail é ampla.
- Triple Tail (Cauda Tripla) [ TT ]
Mutação rara e não fixada. A cauda é naturalmente cortada em três partes, formando três lobos caudais. Os cortes se iniciam imediatamente após o corpo.
As nadadeiras dorsais dos Bettas splendens também variam de formatos, podendo assumir as seguintes variações:
Formato do Corpo
O formato do corpo também tem relevância, podendo assumir as seguintes variações:
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Manejo Básico
O Betta splendens é
bastante resistente, pouco exigente e bem fácil de ser criado. Requer
pouco espaço (betteiras de 2 litros já bastam), a água não precisa ser
aerada ou filtrada.
Lembre-se,
em seu habitat natural, vivem em charcos e plantações de arroz (águas
de pouca ou nenhuma correnteza, com baixos níveis de oxigênio) e sua
alimentação é basicamente de mosquitos, larvas e vermes, encontrados em
abundância nesses locais.
Quatro preocupações básicas precisam ser seguidas para manter o equilíbrio da betteira (aquário) e evitar o estresse do peixe:
- Alimentação bem dosada, variada e balanceada
- Manter a água limpa, declorificada (sem cloro) e livre de restos de comida/dejetos dos peixes
- Manter o pH entre 6,8 e 7,4
- Manter a temperatura da água entre 24 e 30 °C
-
Em cativeiro podemos oferecer alimentos industrializados, concentrados, no formato de flocos ou grânules (grãos triturados), alguns petiscos liofilizados (secos) e ainda alimentos vivos.
Alimente seu Betta splendens, preferencialmente 2 a 3 vezes ao dia, com ração industrializada (granulada e/ou flocada). Numa quantidade suficiente para que não sobre alimento na água, que seja consumido imediatamente.Seja exigente na escolha da marca, prefira alimentos capazes de atender as necessidades nutricionais do animal. Isto fará toda a diferença na saúde de seu peixe.
Os alimentos industrializados de boa qualidade, suprem todas as necessidades nutricionais do peixe, ajudam a realçar e definir as cores, estimulam o crescimento, aumentam a resistência às doenças, os mantêm mais ativos e com expectativa de vida maior.Em seu habitat natural (charcos e plantações de arroz), o Betta splendens se alimenta basicamente de mosquitos, larvas e vermes, encontrados em abundância nesses locais. Se você tiver espaço em sua casa/apartamento, tempo e vontade, faça culturas de alimentos vivos. Eles são essenciais na dieta doBetta.
Eis algumas opções:Também chamada de "camarão-de-salina", é um pequeno crustáceo que vive em lagos ou lagoas cuja água contenha alguma salinidade (água salobra) ou em salinas (com níveis elevados de salinidade), e encontram-se em todos os continentes do planeta.
Os náuplios de artêmias, recém-eclodidos, são um excelente alimento para os peixes recém-nascidos, também peixes de pequeno e médio porte, com elevado valor nutritivo, e por isso bastante utilizados por criadores de várias espécies de água "doce" e "salgada". São fornecidos vivos e agüentam cerca de 24h com vida dentro do aquário, reduzem o risco de poluição da água e estimulam o lado predador dos peixes, que adoram perseguir e "caçar" os seus alimentos.
As larvas deste besouro são extremamente nutritivas e medem até 12 mm de comprimento, por isto mostram-se como uma excelente opção para alimentação de peixes pequenos.
Os blood-worms são larvas do mosquitoChironomus sp e um alimento muito usado por aquaristas. Apresentam aproximadamente 62% de proteína bruta em sua composição, sendo um ótimo alimento para a fase de crescimento doBetta. Pela dificuldade de sua criação, os criadores de peixes preferem adquirir essas larvas congeladas ou liofilizadas, o que facilita muito a sua administração.
Lê-se "branconeta". Também é chamada de "artêmia de água doce", "camarãozinho" ou "brancneque ". Os náuplios deste microcrustáceo de excelente valor nutricional são fornecidos como alimento vivo para os alevinos e os espécimes adultos, para peixes maiores. Ao mesmo tempo em que nada, a branchoneta vai se alimentando do material em suspensão, filtrando com seus apêndices bactérias, algas, protozoários, metazoários e restos de matéria orgânica.
Podem chegar aos 25 mm, quando adultas e em condições ideais. Seu ciclo de vida é de aproximadamente 50 dias. Após serem servidas aos peixes de água doce, se não forem consumidas imediatamente, sobrevivem para serem consumidas depois.
Vulgarmente conhecida como "pulga-d'água", seu pequeno tamanho é particularmente adaptado às diminutas bocas da maioria dos peixes de aquário de dimensões tratáveis. Seus hábitos filtradores permitem-nos utilizá-las como veículo para o fornecimento de vitaminas ou aditivos alimentares aos peixes. Sempre estão disponíveis em vários tamanhos, tendo em vista sua rápida reprodução.
As daphnias mudam de "casca" (esqueleto externo) continuamente e logo após esta operação são macias e bastante mais atraentes para os peixes. Esta "casca" é útil para "limpar" o sistema digestivo dos peixes.As que não são consumidas sobrevivem no aquário, onde vão se alimentando de bactérias, leveduras, matéria orgânica em suspensão, etc., e dessa forma contribuindo para o asseio do aquário. Vão se reproduzindo também, sendo os recém-nascidos uma boa comida para alevinos eventualmente presentes no aquário.Verme branco de tamanho reduzido, com alto valor nutritivo, rico em vitamina, além de ser uma substancial fonte de proteínas, sais minerais e hidratos de carbono. Ótima fonte de nutrientes para os peixes.
Sobrevive por várias horas na água dentro do seu aquário.Para peixes adultos recomenda-se que seja dada apenas três vezes por semana. Aos filhotes sem restrições, mas de preferência não como único alimento.São anelídeos parecidos com o Tubifex, são menores, geralmente mais claros e muito apreciados pelos peixes. Aparecem em culturas adubadas com matéria orgânica.
Excelente alimento para filhotes e adultos, os microvermes são pequenos vermes brancos, de forma cilíndrica, que alcançam no máximo 3 mm de comprimento.
Nutricionalmente, são similares às artêmias e daphnias.
São menores que as daphnias (1/4 ou menos), permitindo sua oferta para alevinos bem jovens.São muito resistentes à falta de oxigênio, prolíferas, e por serem criadas em água doce, ficam vivas e se reproduzindo caso não sejam ingeridas.Protozoário ciliado (pelos curtos) que vive na água doce. Tem formato de sola de sapato, corpo translúcido, mede aproximadamente 2/10 de milímetro. Se reproduz rapidamente por bipartição. Se alimenta de bactérias, algas, plantas aquáticas microscópicas e de outros da mesma espécie.
Pode ser utilizado diretamente para alimentar peixes recém-nascidos ou como base de uma cadeia alimentar para o cultivo de outras espécies de alimento vivo, como a Daphnia ou pulga-d'água.
É uma alga/bactéria de cor verde-azulada (Cyanobacterium), de formato espiral (origem do nome). Ela possui taxas de proteína superior à carne, ovos e peixes, é um ótimo componente no auxílio ao desenvolvimento muscular dos seres vivos, além de aumentar significativamente o sistema imunológico.
É indicada para peixes notoriamente vegetarianos, como kinguios, poecilídeos, ciclídeos africanos e peixes marinhos; mas pode ser oferecida a todos os peixes, tanto de água doce quanto salgada. Incluindo os Bettas splendens, alevinos e adultos, como complemento alimentar.Tubifex vivos, congelados ou desidratados reforçam o programa de alimentação. Estimulam o crescimento do corpo e aumentam a fertilidade do peixe.
O Tubifex vivo é difícil de coletar na natureza ou de se achar nas lojas especializadas. Uma vez obtidos, são difíceis de manter vivos. Por essa razão, a maioria dos criadores preferem usá-los nas variedades congeladas ou desidratadas.Na natureza eles vivem em condições muito sujas e são difíceis de limpar adequadamente, mesmo nas formas congeladas e desidratadas. Podem ser fontes de doenças parasitárias.Pequeno verme branco de aproximadamente 1 cm na fase adulta. Alimento extremamente rico em proteínas e gorduras.
Suporta climas quentes, muito resistente e fácil de cultivar. São muito prolíficos e os peixes adoram. São ideais para o crescimento dos alevinos de muitas espécies, e também para despertar o apetite de peixes enfermos, debilitados ou que não aceitam alimento seco comercial.Verme nematódeo diminuto (1 a 2 mm), que se alimenta de bactérias existentes no vinagre em fermentação. Se mantém vivo em água doce (não conseguindo se reproduzir nestas condições), muito mais que os microvermes. Ideais para alevinos recém nascidos.
Sua cultura é simples e não demanda maiores cuidados. É recomendável após a colheita, lavá-los em água corrente muito bem, para não desequilibrar o pH do aquário. Principalmente em aquários com pouco volume d'água.Ofereça alimentos vivos 2 ou 3 vezes por semana, se possível variando o alimento, expandindo as opções do cardápio. Alguns alimentos vivos, em alguns períodos do ano, são mais difíceis de se conseguir - geralmente no inverno, nas regiões muito frias.Se você pretende procriar Bettas em cativeiro, deve dominar as técnicas de cultivo e manejo de micro-organismos e jamais perder de vista que animais (no nosso caso específico, peixes) se sentem estimulados a procriar, se encontram para si, fartura de alimentos e vislumbram fartura também para sua prole.
Na mudança de dieta, é provável que o peixe estranhe o novo alimento. Tenha paciência! Esta é uma reação nornal do peixe e pode ser observada também em outros animais. Vá oferecendo insistentemente e retirando o que foi rejeitado do aquário.
Em geral, precisamos trocar parcialmente a água da betteira (aquário) a cada 2 ou 3 dias. Procure substituir algo próximo dos 30% da água do aquário (vide: alertas sobre cuidados com o pH e a temperatura da água).
- Remova aproximadamente 30% da água com a ajuda de um sifão, aproveitando para limpar o fundo da betteira (aquário), removendo eventuais sobras de alimentos e dejetos do peixe.
- Reponha a água retirada, isenta de produtos químicos (sabão, detergente, cloro, etc), tomando o cuidado de equalizar os parâmetros de pH e temperatura da água, para não estressar o animal. Esta troca parcial de água é chamada de TPA.
- Periodicamente você precisará fazer uma limpeza mais caprichada nesta betteira (aquário). Para isto, coloque o peixe numa vasilha provisória, contendo uma boa quantidade de água oriunda da sua betteira (aquário). Tranfira-o para esta vasilha provisória com a ajuda de um puçá (redinha). Lave muito bem a betteira (aquário). Coloque água nova na betteira limpa (aquário), isenta de produtos químicos (sabão, detergente, cloro, etc), tomando o cuidado de equalizar os parâmetros de pH etemperatura da água, para não estressar o animal. Com a ajuda de um puçá (redinha), volte o animal para seus aquário original. Este processo de troca total de água, é chamado de TTA.
Você pode usar água de torneira, desde que faça uso de um desclorificante. Existem vários produtos no mercado para este fim - prefira aqueles que preservam a mucosa do peixe.Na falta deste produto, deixe a água de torneira em repouso numa vasilha destampada (cubra com um filó, para evitar que insetos façam postura de ovos), por 48 hs. Este tempo é mais do que suficiente para que o cloro adicionado no tratamento da água se evapore completamente.Faça este processo de troca/reposição de água de forma lenta, equalize os parâmetros básicos da água (pH e temperatura), para não estressar o animal, preservando sua resistência à doenças e evitando problemas futuros.Prefira sempre adaptar o peixe ao pH que você pode oferecer a ele, mesmo que seja fora desta faixa apontada acima, tida como a ideal para criação deBettas. Causa mais danos à saúde do animal a constante alquimia na água, com corretivos (acidificantes/alcalinizantes) para ajustar o pH a um determinado parâmetro, do que habituar o peixe ao pH que você pode oferecer a ele (tipo de água da sua região).Se você seguir a orientação que apresentamos acima, promovendo constantes TPAs e eventuais TTAs, o parâmetro de pH da sua água não vai se alterar de forma significativa, em curtos espaços de tempo, ao ponto de justificar correções (acidificar/alcalinizar), para colocá-la dentro de níveis desejados.O grau de acidificação ou alcalinidade da água é expressado em valores de pH, o que literalmente significa "poder de hidrogênio".Esta escala é baseada na inversa concentração de íons de hidrogênio na água, quanto mais íons de hidrogênio, mais ácida é a água e mais baixo o valor do pH, então, quanto menos íons de hidrogênio, mais alcalina será a água e maior será seu valor de pH.A escala de pH varia entre 0 (extremamente ácida) até 14 (extremamente alcalina), com um pH de 7 sua água será neutra.Existem muitas opções de kits de medição e produtos para correção de pH, em lojas de aquários, à preços acessíveis.Para a correção do pH, siga rigorosamente as instruções do fabricante dos produtos corretivos, tendo como regra básica o exercício da paciência.Quando necessária, faça a correção do pH de forma lenta, fazendo medições intermediárias, até chegar no ponto considerado ideal. A escala do pH é logarítmica. Um pH de 5,5 é 10 vezes mais ácido do que água com um pH de 6,5. Alterar o pH de forma rápida e abrupta na escala de medição, pode lhe parecer pouco, mas é muito perturbador para os peixes.Fonte: Betta Brasil...O peixe é um animal pecilotérmico, isto é, adquire a temperatura do meio onde vive. Não possui sangue quente como os mamíferos, por isso o mecanismo biológico está condicionado a temperatura ambiente.Os cuidados com os parâmetros da água, não se restringem a parâmetros químicos. A temperatura é de vital importância para o peixe. Uma variação brusca na temperatura da água pode ser muito prejudicial a vida do animal.Para o Betta splendens a temperatura mais adequada deve estar entre 24 e 30 ºC. Nesse intervalo de temperatura as suas funções fisiológicas são estimuladas (crescimento, alimentação e procriação).Para sabermos a temperatura do aquário, usamos umtermômetro específico para aquarismo, que pode ser interno, externo, analógico ou digital.Para manter a temperatura sob controle, precisamos de um um aquecedor que pode trabalhar integrado ou não com um termostato. O termostato se encarrega de ligar e desligar o aquecedor, sempre que necessário. O equipamento mais confiável e preciso, no momento, é oaquecedor conjugado com termostato, submersível.
Nas trocas parciais de água, evite colocar a água nova em uma temperatura muito diferente da encontrada no aquário, principalmente no inverno.
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